Foi recebida no dia 15 de junho uma comunicação da Rede de Bibliotecas Escolares a informar que o projeto “Escola de Pais”, desenvolvido pela Biblioteca Escolar, cuja primeira edição teve lugar no ano letivo de 2019/2020, foi distinguido com o prémio de “Ideias com Mérito 2020” tendo-lhe sido atribuído o apoio consequente.
A Semana da Leitura movimentou o Agrupamento de escolas António Feijó, com a realização de múltiplas atividades. De uma forma sucinta, cada um dos estabelecimentos levou a cabo as seguintes atividades:
EB Trovela
Sob o mote Ler com os Olhos do Coração, a Semana da Leitura 2021 no agrupamento de escolas António Feijó foi, toda ela, uma bela e merecida homenagem a Matilde Rosa Araújo, que, qual fada da beleza, seduziu alunos, professores, e comunidade educativa em geral, com a sensibilidade (e magia, como muitos referiram) da sua escrita.
Na EB de Trovela, o trabalho realizado ao longo deste trimestre em torno da obra de Matilde culminou com a personalização do tradicional painel que nos acolhe à entrada da escola, anunciando o palpitar da poesia que, um pouco por toda a escola, se manifesta, revelando o poder e os efeitos da escrita criadora.
Um registo que revela uma clara apropriação da obra de Matilde Rosa Araújo, onde não faltam os elementos mais emblemáticos da sua escrita: o verde e a infância.
A EB de Trovela e a EB da Feitosa, num espírito de partilha de boas práticas, integraram ainda a Mesa-Redonda O Projeto Educativo na Prática, no âmbito das III Jornadas Pedagógicas António Feijó. O testemunho partilhado, profusamente ilustrado com múltiplos exemplos de trabalhos realizados contribuirá, certamente, para a consolidação da (nova) abordagem à Educação Literária apresentada.
EB Feitosa
A semana da leitura na EB da Feitosa começou a ser preparada bem cedo, logo no início do trimestre, como quem planeia, com prazer, uma grande festa de aniversário: o centenário de nascimento de Matilde Rosa Araújo. Foi assim que as crianças desta escola descobriram Matilde e se deixaram seduzir pela magia da sua escrita.
A obra de Matilde Rosa Araújo foi a base de todo o trabalho desenvolvido no domínio da Educação Literária, ao longo do trimestre. Partindo dos fundamentos do Programa de Leitura Fundamentado na Literatura (metodologia que privilegiamos e que tem dado corpo a algumas das nossas ACD), alunos e professores envolveram-se ativa e entusiasticamente no estudo de um vasto conjunto de textos da autora que homenageamos. Os trabalhos que, ao longo desta semana, encheram de cor diferentes espaços da EB da Feitosa, são prova da gratificação que todos sentiram ao longo destes meses.
A inesgotabilidade da escrita de Matilde manifestou-se também nos fantásticos livros-objeto que a escola elaborou, em resposta ao desafio lançado pelo PNL2027, no dia Internacional do Livro Infantil.
EB Gandra
Na EB de Gandra, a homenagem a Matilde Rosa Araújo materializou-se num conjunto de trabalhos e de atividades que fizeram desta semana uma festa: a festa da leitura!
A obra de Matilde prestou-se, efetivamente, a trabalhos e a momentos muito interessantes, que passaram por um original exercício de imaginar a "infância de Matilde", que assinalou o dia da criança; pela recitação de poesias, pela recriação de "Memórias de Matilde"...
Uma original "coleção" de marcadores de livro a lembrar este centenário, foi elaborada com base na leitura da obra da autora, comprovando o efeito deste "Ler com os olhos do Coração", mote da nossa semana da leitura 2021.
Algumas das nossa escolas contaram com a preciosa colaboração do professor Agostinho, que se associou a esta festa, com um interessante trabalho musical, que permitiu uma experiência de intertextualidade com a belíssima obra de Matilde, O Capuchinho Cinzento. Aqui fica um desses momentos na EB de Gandra.
Pela EB de Ponte de Lima, a poesia de Matilde Rosa Araújo não se conteve dentro da sala de aula, e nem dentro dos muros da escola. A poesia saiu à rua e o Parque da Vila foi o lugar escolhido para ler Poemas ao Jeito de..., uma atividade que, um pouco por todo o agrupamento, agradou MUITO aos nossos alunos. Aqui fica um breve registo de um desses momentos, pela voz dos alunos do 3º ano.
Os vários espaços da escola que se viram embelezados com trabalhos de escrita criadora, inspirados na obra de Matilde, são, claramente, um dos efeitos de Ler com os olhos do Coração, o mote da nossa Semana da Leitura.
Os alunos mais novos também experimentaram esta nova abordagem à Educação Literária e também fizeram experiências de escrita criadora. Partindo da obra Anjos de Pijama, podemos ver abaixo o processo criativo de um acróstico intitulado Felicidade, que, curiosamente, é também um título de um poemas de Matilde, que integra a coletânea As Fadas Verdes.
Um trabalho particularmente curioso é a análise "Semelhanças entre as duas histórias", uma interessante experiência de literatura comparada para pequeninos. O trabalho foi realizado com alunos de 1º ano e teve por base duas das narrativas de Matilde: O Palhaço Verde e História de uma Flor.
À semelhança do que aconteceu noutras escolas, a atividade de mergulhar na obra de Matilde com um banho de títulos, e escrever a partir dos mesmos, agradou imenso, sobretudo aos alunos mais velhos, cujo domínio das competências de escrita lhes permite uma considerável destreza e liberdade neste desafio. Os textos que reproduzimos abaixo, elaborados por alunos do 4º ano, são um claro exemplo do envolvimento dos alunos na atividade.
Na EB da Ribeira, as tão amadas árvores de Matilde vestiram-se de poesia e foram cenário de leituras solarengas.
As crianças desta escola, de acordo com o testemunho dos professores, "iniciaram a viagem pela obra literária de Matilde Rosa Araújo, descobrindo o fascínio da autora pela natureza e pelos seres “mágicos” nos seus poemas das obras As Fadas Verdes e O Livro da Tila. Os mais pequeninos desenharam e registaram alguns desses seres mágicos, e deram ainda uma continuidade ao Capuchinho Cinzento.
Cada grupo/turma da EB da Ribeira explorou uma obra de Matilde Rosa Araújo, tendo sido realizados diversos registos e textos literários em contexto de sala de aula. Foram expostos alguns desses trabalhos em diferentes espaços da Escola, nomeadamente na árvore do espaço de lazer, onde as crianças tiveram momentos de encontro com os livros ao ar livre."
A escrita criadora também marcou presença neste lugar (ninguém fica indiferente à magia da escrita de Matilde). Partindo da poesia da autora, “A Borboleta”, foi elaborado um texto literário que congregou as ideias de todas as turmas. E como a festa continua, este belo texto vai ainda ser enriquecido com as ilustrações que os alunos estão a realizar.
Dois alunos da escola Básica António Feijó viram o seu trabalho reconhecido no "Concurso Uma Aventura… Literária 2021", promovido pela Editorial Caminho, sendo contemplados com Menção Honrosa na modalidade de texto original - 3.º Ciclo. Os premiados foram Ana Gaspar, da turma 9ºF, e João Pedro Sousa, da turma 9ºA.
Muitos parabéns aos alunos pela sua criatividade, empenho e dedicação! Uma excelente forma de terminar as aulas do 9ºano!
Os três investigadores
Nasci e cresci nos arredores de Lisboa, em Queluz, uma pequena cidade encantadora onde, outrora, se vivia num ambiente de harmonia e alegria.
As manhãs de domingo eram recheadas de amor e ternura, toda gente passeava contente e sem preocupações, tudo era naturalmente agradável. Aos domingos costumava ir com os meus pais à missa e, ao caminhar pela praça principal, ouvia os passarinhos a cantar, a brisa que fazia as folhas estremecer, as campainhas das bicicletas, o barulhinho das rodas do carrinho do senhor dos jornais, o ardina, e as feirantes a pregar com as freguesas.
Contudo, certo dia, estava eu e a minha mãe na praça de Queluz, quando visualizei algo que me deixou intrigado. Ao fundo da praça havia uma loja de pronto-a-vestir e eu avistei dois homens vestidos de preto, ambos com o cabelo grisalho, a rondar a loja. Naquele dia nem liguei muito, todavia, no dia seguinte, passei lá novamente e voltei a ver os mesmos indivíduos perto da loja e achei muito suspeito, por isso perguntei ao meu grupo de amigos se queriam ir investigar comigo o que se estava a passar. Nesse mesmo dia, ao final da tarde, eu e os seus comparsas fomos até à praça para observar o movimento, até que vimos os dois sujeitos à beira de uma carrinha preta com vidros foscos, perto da dita loja. Nós achamos muito estranho e, então, chegamo-nos o mais perto possível da carrinha para ouvirmos o que os dois conversavam. Não entendíamos praticamente nada do que diziam e só conseguimos perceber que um dos sujeitos estava a folhear um caderno. Quando a carrinha foi embora, eu, a Gisela e o Leo fomos até ao local e, nesse momento, ela viu um papel caído no chão que dizia: “Sr. António Campos, comprador de Arte Sacra”. Naquele momento ficamos perplexos perante aquela situação. No dia seguinte, de manhã, fomos novamente até à loja, só que desta vez decidimos entrar. A Gisela, que era a mais perspicaz, viu um saco preto junto ao balcão, contudo, como ela era muito inteligente, não nos disse nada, porque, se o fizesse, já sabia que nós iríamos preguntar à senhora o que lá estava, e isso poderia por em causa a investigação. Entretanto, eu e os meus camaradas saímos da loja e só aí é que a Gisela revelou o que tinha visto.
Com o passar dos dias, o mistério ia-se adensando, a curiosidade aumentava, e todas as noites nós íamos até à praça para fazer a nossa ronda habitual com o objetivo de encontrarmos novas pistas, contudo, nunca achávamos nada. Até que, numa certa noite, decidimos ir atrás da tal carrinha e, quando ela parou, nós arrumamos as bicicletas e fomos sorrateiramente até ao barracão onde os dois sujeitos se encontravam. Só que algo correu mal, não eram só dois homens, era um gangue de contrabando de Arte Sacra que se apercebeu da nossa presença. Naquele instante, começaram a agarrar-nos, e nós, sem saber o que havíamos de fazer, sentimo-nos encurralados, porque não tínhamos por onde fugir. Amordaçaram-nos e prenderam-nos com cordas, no entanto, algum tempo depois, o Leo, que era o membro mais forte do grupo, começou a por em prática os seus movimentos certeiros que tinha aprendido na Academia Militar e conseguiu soltar-se. De seguida, foi capaz de me libertar e à Gisela também. Nesse momento, começamos a correr sem parar até avistarmos uma casa abandonada, onde entramos e nos conseguimos esconder durante algum tempo. Rapidamente, eu peguei no telemóvel e liguei para a polícia para dizer onde estávamos, mas esta não veio a tempo de nos salvar, pois os contrabandistas chegaram primeiro. Durante dois dias estivemos desaparecidos, ninguém soube do nosso paradeiro. Mais tarde, a polícia conseguiu localizar o meu telemóvel e resgatar-nos aos três.
Esta foi a maior aventura da minha vida, em que eu e os meus comparsas conseguimos desmascarar uma enorme rede de contrabando de Arte Sacra, que tinha como fachada a loja de roupa onde tudo começou. Como podem perceber, nós fomos muito corajosos, destemidos e ousados, mas também vos digo, meus netos, foram os dias mais assustadores da minha vida!
Ana Gaspar, 9º F (E.B. 2,3 António Feijó)
Destino ideal
Imagina que és um turista e podes viajar para qualquer vila, cidade, ilha, país ou até para vários sítios nos mais variados continentes. Nesta viagem, o tempo e o preço não importam, és só tu e o lugar escolhido!
Se eu tivesse esta oportunidade, o local que gostaria de visitar é um país do tamanho médio, no sul da Europa, banhado pelo mar Mediterrâneo, conhecido por Grécia. Adoraria conhecer não apenas uma cidade ou uma ilha, mas o país todo, onde a História e a cultura são deslumbrantes e emocionantes.
Neste magnífico país fascinam-me as lindas praias com águas calmas e mornas do Mediterrâneo, a sua arte ancestral, e, principalmente, a sua impressionante História.
Na Grécia há tudo o que um turista deseja conhecer: uma excelente gastronomia, aldeias tradicionais e belíssimas e mais mil e uma coisas para se passar umas boas férias.
Este país foi onde nasceu uma das primeiras civilizações, a democracia , e já foi um enorme Império. Aqui foi onde nasceu Alexandre, “O Grande”, e os lendários guerreiros de Esparta. Neste povo ainda está presente o seu ADN de conquista e de garra, pois ele nunca desistiu dos seus objetivos traçados.
A Grécia é um dos países com mais História e tradição do mundo, contudo o país não é só o seu lindo território, é também o seu povo; país são as pessoas desse país e as pessoas deste país são este admirável e encantador país!
João Pedro Sousa, 9ºA (Escola Básica 2,3 António Feijó)
Tal como aconteceu no ano anterior, chega à Escola Básica António Feijó mais um prémio no concurso "Uma Aventura… Literária", promovido pela Editorial Caminho. No corrente ano o premiado é o alunoDuarte Graça, da turma 8ºA, que recebeu o segundo prémio (ex-aequo com alunos da Escola Básica de Lamego e a Escola Secundária Infanta Dona Maria - Coimbra), na modalidade de Crítica, 3º Ciclo.
Muitos parabéns ao aluno e à sua professora, Ana Margarida Luciano!!
O trabalho premiado, para além de um cheque-livro, será publicado numa edição futura de um livro da coleção “Uma Aventura”. A escola receberá um livro brinde surpresa, e todos os alunos participantes receberão diplomas de participação e os docentes envolvidos diplomas de coordenação pedagógica.
Aguardam-se ainda o resultado da atribuição de Menções Honrosas.
O TRABALHO PREMIADO
Uma Aventura no Fundo do Mar
Autoras: Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Ilustrações: Arlindo Fagundes
Editora: Caminho
A coleção de livros “Uma Aventura”, a maior coleção portuguesa de literatura infantojuvenil, escrita por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, já conta com sessenta e dois livros, sendo este, Uma Aventura no Fundo do Mar”, o sexagésimo primeiro.
“Uma Aventura no Fundo do Mar” é mais uma história que nos leva a viajar por locais interessantes e temas pertinentes.
Foram vários os locais em que se desenrolaram outras aventuras, porém esta tem a particularidade de levar o leitor até ao “fundo do mar”. Recheada de acontecimentos e peripécias protagonizadas pelas personagens desta grande coleção, a narrativa, de leitura fácil envolta em suspense, para além de entreter e divertir o leitor, alerta-o para os perigos que as espécies marinhas enfrentam por causa do plástico.
Apesar de não ter muitas ilustrações, as que existem acrescentam elementos à história, permitindo imaginar melhor a ação no momento em que estamos a lê-la.
Destaco ainda o facto de as autoras darem a conhecer o que é real na história, mostrando ao leitor aquilo em que se inspiraram para a escrever.
Para quem já teve o privilégio de visitar o Zoomarine, esta aventura permitiu reviver momentos agradáveis e a quem não o conhece, certamente, despertou a curiosidade.
Duarte Pereira da Graça, 8.ºA, EB António Feijó
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